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sábado, 22 de dezembro de 2012

Balancete 2012, proposta para 2013



Chega final do ano e todo mundo começa a ouvir aquelas músicas melancólicas ... a fazer promessas para o novo ano que se inicia, a dizer que quer mudar e falar um monte de blá blá blá blá. Bem..creio que não devemos esperar o ano findar para fazermos uma “auto-avaliação”, é bem melhor fazer isso diariamente, quiçá semanalmente, a fim de que possamos nos renovar constantemente, pois caso contrário o  comodismo nos engolirá e ficará cada vez mais difícil mudar.

Hoje fazendo “o balancete de 2012”  posso dizer que foi um ano muito proveitoso. Para 2013 meus desejos, votos, anseios.. enfim meu querer é:

sabedoria e discernimento (que eu não seja pedra de tropeço para ninguém), fazer boas escolhas (agradáveis, boas e corretas), renovação diária, ânimo, perseverança, realização profissional, emocional (um namorado - que seja um amor bem bom e saudável, e q haja reciprocidade), equilíbrio financeiro, fidelidade, mansidão, longaminidade, bons relacionamentos; que possamos ser instrumento útil e frutífero; quero fé, saúde, amor, paz, boas amizades, os frutos do espírito presentes sempre, que Deus coloque seus anjos acampados ao meu redor e ao redor dos que amo; que eu sempre me lembre que o sangue que Cristo verteu na cruz nos livro do jugo e nos libertou; que eu possa estar revestida por sua armadura todos os meus dias (Efésios 6); quero muitas viagens com ótimas companhias, e o melhor que há na terra, pois não nascemos para ter espírito de covardia ou para vivermos na nostalgia ou no sofrimento, mas sim para sermos alegres, luz e sal da terra e para aproveitarmos as bênçãos de Deus. E que aquilo que não for bom, agradável, útil ou que não provir do Senhor, que seja afastado de mim. Que o senhor me conceda o necessário para viver. ( – coisas efêmeras + duradouras). Acima de tudo que a graça, o amor de Deus estejam presentes e enraizados todos os dias da minha vida e que disto eu nunca me afaste. Como se diz.... que sejamos gratos ao Pai, firmes na fé,  alegres na esperança e cheios de amor, e que possamos sonhar e viver os sonhos de Deus. Plantar, regar e semear.....e o resto oh Deus..tu sabes o que preciso.

Acho que é isto.... deixar as roupas velhas pra trás para ser capacitado e quebrantado. Um copo vazio pode receber coisas novas, mas se estiver cheio... ele não tem espaço, portanto...vamos nos esvaziar da nossa mesmice e chatice.

Temos que ousar, voltar a ousar e continuar a ousar!!!! (Georges Jacques)

:)

“Buscai pois em primeiro lugar o seu Reino e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas”

Obrigada Abba e Amém...assim seja.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Amizade

A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você. 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A festa de Babette


Hoje é tempo de celebrar, de amar e de renovar!



A FESTA DE BABETTE (Extraído de Maravilhosa Graça - Philip Yancey)

Karen Blixen, dinamarquesa de nascimento, casou-se com um barão e passou os anos de 1914-31 administrando uma plantação de café na África Britânica, no Leste (seu livro Out of Africa fala daqueles anos). Depois de um divórcio, ela voltou à Dinamarca e começou a escrever em inglês com o pseudônimo Isak Dinesen. Uma de suas histórias, "A festa de Babette",1 tornou-se um clássico respeitado depois de ser transformado em filme na década de 80.

Dinesen situou sua história na Noruega, mas os cineastas dinamarqueses mudaram o local para uma pobre aldeia de pescadores no litoral da Dinamarca, uma localidade de ruas lamacentas e cabanas cobertas de palha. Neste ambiente triste, um ministro de barbas brancas liderava um grupo de crentes de uma austera seita luterana.
Os poucos prazeres mundanos que pudessem tentar um camponês em Norre Vosburg eram condenados por essa seita. Todos usavam roupas pretas. Sua alimentação consistia em bacalhau cozido e uma papa feita de pão escaldado em água enriquecida com um borrifo de cerveja. Aos sábados, o grupo se reunia e cantava hinos a respeito de "Jerusalém, meu lar feliz, nome sempre querido para mim". Eles haviam direcionado suas bússolas para a Nova Jerusalém, e a vida na terra era apenas tolerada como um meio de chegar lá.
O velho pastor, um viúvo, tinha duas filhas adolescentes: Martine, chamada assim por causa de Martinho Lutero, e Philippa, por causa do discípulo de Lutero, Philip Melanchton. Os habitantes da vila costumavam ir à igreja apenas para deliciar seus olhos olhando para as duas, cuja radiante beleza não podia ser ocultada, apesar dos melhores esforços das duas irmãs.
Martine captou os olhares de um jovem e arrojado oficial da cavalaria. Quando ela, obstinadamente, resistiu às suas investidas — afinal, quem cuidaria de seu velho pai? — ele foi embora para se casar com uma dama de companhia da rainha Sofia.
Além de ser muito bela, Philippa também possuía a voz de um rouxinol. Quando ela cantava a respeito de Jerusalém, visões reluzentes da cidade celestial pareciam surgir. E aconteceu que Philippa conheceu o mais famoso cantor de ópera daquele tempo, o francês Achille Papin, que estava passando uns dias no litoral por causa da saúde. Enquanto caminhava pelos poeirentos caminhos de uma cidade atrasada, Papin ouviu, para sua grande admiração, uma voz digna da Grand Opera de Paris.
"Deixe-me ensiná-la a cantar de maneira certa", ele insistiu com Philippa, "e toda a França vai cair a seus pés. A realeza vai fazer fila para conhecê-la, e você vai andar de carruagem puxada por cavalos para jantar no magnífico Café Anglais ". Lisonjeada, Philippa consentiu em tomar algumas lições, mas apenas algumas. Cantar a respeito do amor fê-la ficar nervosa, a agitação dentro dela a perturbou mais ainda e, quando uma ária de Don Giovanni acabou com ela sendo enlaçada pelos braços de Papin, os lábios dele roçando os seus, ela soube, sem a menor sombra de dúvida, que estes novos prazeres tinham de ser abandonados. Seu pai escreveu um bilhete desisitindo de todas as futuras lições, e Achille Papin voltou a Paris, tão triste como se tivesse perdido um bilhete de loteria premiado.
Passaram-se quinze anos, e muita coisa mudou na vila. As duas irmãs, agora solteironas de meia-idade, tentaram continuar com a missão do falecido pai, mas, sem a sua séria liderança, a seita estilhaçou-se. Um irmão tinha queixas de outro por causa de algum negócio. Espalharam-se boatos de que havia um caso de sexo ilícito há trinta e dois anos envolvendo duas pessoas da comunidade. Duas velhas senhoras não se falavam há uma década. Embora a seita ainda se reunisse aos domingos e cantasse velhos hinos, apenas um punhado de pessoas se davam ao trabalho de ir, e a música havia perdido o seu entusiasmo. Apesar de todos esses problemas, as duas filhas do ministro continuaram fiéis, organizando os cultos e escaldando pão para os anciãos desdentados da vila.
Uma noite, chuvosa demais para que alguém se aventurasse pelas ruas lamacentas, as irmãs ouviram fortes batidas na porta. Quando a abriram, uma mulher caiu desmaiada. Elas a reanimaram e descobriram que não falava dinamarquês. Ela lhes entregou uma carta de Achille Papin. Ao ver aquele nome Philippa enrubesceu, e sua mão tremia enquanto ela lia a carta de apresentação. O nome da mulher era Babette. Ela havia perdido o marido e filho durante a guerra civil na França. Com a vida em perigo, tivera de fugir, e Papin lhe arranjara uma passagem em um navio com esperança de que essa aldeia lhe demonstrasse misericórdia. "Babette sabe cozinhar", dizia a carta.
As irmãs não tinham dinheiro para pagar Babette e, antes de mais nada, não sabiam se deviam ter uma empregada. Desconfiaram de sua arte — os franceses não comiam cavalos e rãs? Mas, por meio de gestos e rogos, Babette amoleceu o coração delas. Ela poderia fazer alguns serviços em troca de quarto e comida.
Durante os doze anos seguintes Babette trabalhou para as irmãs. A primeira vez que Martine mostrou-lhe como cortar um bacalhau e cozinhar a papa, as sobrancelhas de Babette se elevaram e o seu nariz enrugou um pouco, mas nunca questionou suas tarefas. Ela alimentava os pobres na cidade e assumiu todas as tarefas domésticas. Até ajudava nos cultos de domingo. Todos tinham de concordar que Babette trouxe nova vida à estagnada comunidade.
Uma vez que Babette nunca se referia ao seu passado na França, foi uma grande surpresa para Martine e Philippa quando, um dia, depois de doze anos, ela recebeu a primeira carta. Babette a leu, viu as irmãs de olhos arregalados e anunciou de maneira natural que uma coisa maravilhosa lhe havia acontecido. Todos os anos um amigo em Paris renovava o número de Babette na loteria francesa. Nesse ano, o seu bilhete fora premiado. Dez mil francos!
As irmãs apertaram a mão de Babette, parabenizando-a, mas lá no fundo seus corações desfaleceram. Sabiam que logo ela iria embora.
A sorte grande de Babette na loteria coincidiu com o momento em que as irmãs estavam discutindo sobre a celebração de uma festa em homenagem ao centenário do nascimento de seu pai. Babette lhes fez um pedido. Disse que em doze anos nunca lhes pedira nada. Elas assentiram. "Agora, porém, tenho um pedido: Gostaria de preparar uma refeição para o culto de aniversário. Quero cozinhar uma verdadeira refeição francesa."
Embora as irmãs tivessem sérias dúvidas a respeito desse plano, Babette, sem nenhuma sombra de dúvida, estava certa de que nunca havia pedido nenhum favor em doze anos. Que escolha elas tinham a não ser concordar?
Quando o dinheiro chegou da França, Babette fez uma rápida viagem para providenciar os arranjos para o jantar. Nas semanas que se seguiram à sua volta, os habitantes de Norre Vosburg foram surpreendidos com a visão de vários barcos ancorados descarregando provisões para a cozinha de Babette. Trabalhadores empurravam carrinhos de mão cheios de gaiolas com pequenas aves. Caixas de champanhe — champagne! — e vinho logo se seguiram. A cabeça inteira de uma vaca, vegetais frescos, trufas, faisões, presunto, estranhas criaturas que viviam no mar, uma imensa tartaruga ainda viva mexendo a cabeça como a de uma cobra de um lado para o outro — tudo isso acabava na cozinha das irmãs agora firmemente dirigida por Babette.
Martine e Philippa, alarmadas com os preparativos que mais pareciam de bruxa, explicavam a embaraçosa situação aos membros da seita, agora apenas onze pessoas, velhas e grisalhas. Todas manifestavam simpatia com elas. Depois de alguma discussão concordaram em comer a refeição francesa, refreando os comentários para que Babette não entendesse mal. Línguas haviam sido feitas para louvor e ação de graças, e não para satisfazer gostos exóticos.
Nevava no dia 15 de dezembro, o dia do jantar, iluminando a aldeia obscura com um brilho branco. As irmãs ficaram satisfeitas ao saber que um hóspede inesperado se juntaria a elas: a senhora Loewenhielm, de noventa anos de idade, estaria acompanhada de seu sobrinho, o oficial de cavalaria que havia cortejado Martine tempos atrás, e agora era general no palácio real.
Babette havia conseguido emprestadas louças e cristais suficientes, e havia enfeitado o recinto com velas e coníferas. A mesa estava linda. Quando a refeição começou todos os habitantes da aldeia se lembraram de seu pacto e ficaram mudos, como tartarugas ao redor de um lago. Apenas o general comentou a comida e a bebida. "Amontillado!", ele exclamou quando levantou o primeiro copo. "É o mais fino Amontillado que já provei." Quando experimentou a primeira colherada de sopa, o general poderia jurar que era sopa de tartaruga, mas como se acharia tal coisa no litoral da Jutlândia?
"Incrível!", disse o general quando experimentou o próximo prato. "É Blinis Demidoff!" Todos os outros convivas, as faces franzidas por profundas rugas, estavam comendo as mesmas delicadezas raras sem nenhuma expressão ou comentários. Quando o general entusiasmado elogiou o champanhe, um Veuve Cliquot 1860, Babette ordenou ao seu ajudante de cozinha que mantivesse o copo do general cheio o tempo todo. Apenas ele parecia apreciar o que estava diante dele.
Embora ninguém mais falasse a respeito da comida ou da bebida, gradualmente o banquete operou um efeito mágico sobre os habitantes da aldeia. O seu sangue esquentou. Suas línguas se soltaram. Eles falaram dos velhos dias quando o pastor estava vivo e do Natal em que a baía congelou. O irmão que havia enganado o outro nos negócios finalmente confessou, e as duas mulheres que tinham uma rixa acabaram conversando. Uma mulher arrotou, e o irmão ao seu lado disse sem pensar: "Aleluia!".
O general, entretanto, não conseguia falar de nada além da comida. Quando o ajudante da cozinha trouxe o coup de grâce, codornizes preparadas em Sarcophage, o general exclamou que vira tal prato apenas em um lugar na Europa, no famoso Café Anglais em Paris, o restaurante que já fora célebre por ter uma mulher como chefe-de-cozinha.
Cheio de vinho, o apetite satisfeito, incapaz de se conter, o general levantou-se para fazer um discurso. "A misericórdia e a verdade, meus amigos, se encontraram", ele começou. "A justiça e a bem-aventurança se beijaram." E, então, o general fez uma pausa, "pois — conforme comenta Isak Dinesen — ele tinha o hábito de fazer os seus discursos com cuidado, consciente do seu propósito, mas aqui, no meio da simples congregação do pastor, foi como se toda a figura do General Loewenhielm, com seu peito coberto de condecorações, fosse porta-voz de uma mensagem que tinha de ser transmitida". A mensagem do general era graça.
Embora os irmãos e as irmãs da seita não compreendessem totalmente o discurso do general, naquele momento "as vãs ilusões desta terra se dissolveram diante de seus olhos como fumaça, e eles viram o universo como ele realmente era". O pequeno grupo se desfez e saiu para uma cidade coberta de neve brilhante sob um céu recoberto de estrelas.
A "Festa de Babette" termina com duas cenas. Lá fora, os velhos se dão as mãos ao redor da fonte e cantam entusiasmados os velhos hinos da fé. É uma cena de comunhão: a festa de Babette abriu o portão e a graça entrou silenciosamente. Eles sentiram, acrescenta Isak Dinesen, "como se realmente tivessem os seus pecados lavados e tornados brancos como a lã, e nessas vestes inocentes recuperadas faziam brincadeiras como cordeirinhos travessos".
A cena final acontece lá dentro, na bagunça de uma cozinha cheia até o teto de louça para lavar, panelas engorduradas, conchas, carapaças, ossos cartilaginosos, engradados quebrados, cascas de vegetais e garrafas vazias. Babette senta-se no meio da bagunça, parecendo tão desgastada quanto na noite em que chegara doze anos antes. Subitamente, as irmãs percebem que, de acordo com o seu voto, ninguém havia falado com Babette a respeito do jantar.
—           Foi um jantar e tanto, Babette — Martine diz para começar. Babette parece distante. Depois de um minuto ela responde: — Eu era a cozinheira do Café Anglais.
—Todos nós vamos-nos lembrar desta noite quando você tiver voltado para Paris, Babette — Martine acrescenta, como se não a tivesse ouvido.
Babette lhes diz que não vai voltar para Paris. Todos os seus amigos e parentes ali foram mortos ou feitos prisioneiros. E, naturalmente, seria muito caro voltar para Paris.
—           Mas e os dez mil francos? — as irmãs perguntam.
Então Babette deixa cair a bomba. Ela havia gasto tudo, cada franco dos dez mil que ganhara, na comida que haviam acabado de devorar. — Não se assustem — ela lhes diz. — É isso que um jantar adequado para doze custa no Café Anglais.
No discurso do general, Isak Dinesen não deixa dúvidas de que ela escreveu "A Festa de Babette" não apenas como uma história a respeito de uma excelente refeição, mas como uma parábola da graça: um presente que custa tudo para o doador e nada para o que recebeu. Isto é o que o General Loewenhielm disse aos carrancudos paroquianos reunidos ao redor da mesa de Babette:
Todos nós fomos informados de que a graça deve ser buscada no universo. Mas em nossa loucura humana e nossa visão reduzida imaginamos que a graça divina seja finita... Porém, chega o momento em que nossos olhos são abertos, e vemos e entendemos que a graça é infinita. A graça, meus amigos, não exige nada de nós a não ser que a aguardemos com confiança e a reconheçamos com gratidão.
Doze anos antes, Babette aparecera entre aquelas pessoas desprovidas de graça. Discípulas de Lutero, ouviam sermões a respeito da graça quase todos os domingos e no restante da semana tentavam obter o favor de Deus com a sua piedade e renúncia. A graça veio a elas na forma de uma festa, a festa de Babette, uma refeição desperdiçando uma vida inteira sobre aqueles que não a haviam merecido, que mal possuíam a faculdade de recebê-la. A graça veio a Norre Vosburg como sempre vem: livre de pagamento, sem cordas amarradas, como oferta da casa. 

domingo, 11 de novembro de 2012

Pausa...






A maioria das pessoas imaginam que o importante, no diálogo, é a palavra.


Engano: o importante é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem e entram em comunhão.


Nelson Rodrigues

domingo, 19 de agosto de 2012

Carroça vazia



Certa manhã o meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque.
Deteve-se subitamente numa clareira e perguntou-me:
- Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos e respondi:
Estou a ouvir o barulho de uma carroça.
- Isso mesmo, disse o meu pai, de uma carroça vazia.
Perguntei-lhe:
- Como sabe que está vazia, se ainda a não vimos?
- Ora, é fácil! Quanto mais vazia está a carroça, maior é o barulho que faz.
Cresci e hoje, já adulto, quando vejo uma pessoa a falar demais, aos gritos, tratando o próximo com absoluta falta de respeito, prepotente, interrompendo toda a gente, a querer demonstrar que só ele é dono da verdade, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai a dizer:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Simplicidade

A vida é de certa forma "simples" e curta, então para que complicar? Para que(m) ser arrogante, soberbo, pré-potente? Por quê vivemos a ostentar aquilo que é mero pó (seja as medalhas, as notas, os méritos, os bens..). Eis que tudo é passageiro...

Um lema para 2012, 2013, 2014.... é "Falar menos, agir mais, e quando falar, falar com propriedade". (frase da Isadora)

Quem sabe quando conseguirmos entender a simplicidade de Cristo, isto nos constranja a fim de que provoque uma mudança de vida. 




Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco. 2 Corintios

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Desafio diário...

Nosso desafio...

Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.

Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;

Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;

Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;

Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.

Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;

Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;

A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.

Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.

Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.

Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.

Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Romanos 12:10-21

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Qual jejum agrada a Deus??

Recentemente estava lendo a bíblia e me deparei com uma passagem de Isaías, a qual achei bem interessante e me levou a reflexão:





"Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor? 
O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?

Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda.
Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. "Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar;
se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia.
O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.
Seu povo reconstruirá as velhas ruínas e restaurará os alicerces antigos; você será chamado reparador de muros, restaurador de ruas e moradias.
"Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades,
então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai. " Pois é o Senhor quem fala. 
Isaías 58:5-14

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Don´t give up


If we don´t have a plan, we don´t go anywhere. If we give up when the way gets hard, our strength is small (Proverbs 24/10). If we quit as soon as we hit a roadblock, we definitely are not going to make it very far. If we turn around when things loke hopeless, we´ve lost sight of our all-powerful God. If we admit defeat when we´re tired, we´ve forgotten that we´re in the middle of a war.  Every day contains small, yet significant, battles for the Lord. Fix your eyes on the finish line, persevere, give your all to the Master, and know that He who has called you will be faithful to do the work (1 Thess. 5:24). When we stand before the Lord one day, we will not regret any sacrifice we have made for Him. We will only wish we had given Him more." --Sarah Mally, Before You Meet Prince Charming pg. 156

Citação do facebook Akacia

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Be different




Será que nossa vida, missão, objetivo, trabalho, causas ... “valeram” a pena?
Já diz o poeta “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

Pessoas e causas

- Wilberforce (1759-1833) foi um deputado inglês que lutou 20 anos pela abolição do tráfico de Escravos na Inglaterra. Ele lutou e não desistiu, até que em 1807 contemplou a assinatura do tratado, três dias depois ele morreu. Ele certamente deve ter ficado muito grato a Deus .

Amazing Grace (música de John Newton que teve grande influencia em Wilberforce)

Amazing Grace, how sweet the sound,
That saved a wretch like me.
I once was lost but now am found,
Was blind, but now I see.
T'was Grace that taught my heart to fear.
And Grace, my fears relieved.
How precious did that Grace appear
The hour I first believed.
Through many dangers, toils and snares
I have already come;
'Tis Grace that brought me safe thus far
and Grace will lead me home.
The Lord has promised good to me.
His word my hope secures.
He will my shield and portion be,
As long as life endures.
Yea, when this flesh and heart shall fail,
And mortal life shall cease,
I shall possess within the veil,
A life of joy and peace.
When we've been here ten thousand years
Bright shining as the sun.
We've no less days to sing God's praise
Than when we've first begun.
Amazing Grace, how sweet the sound,
That saved a wretch like me.
I once was lost but now am found,
Was blind, but now I see.

- Dietrich Bonhoeffer foi um pastor alemão, que lutou para que a Igreja Luterana não se aliasse ao Estado (afinal as atitudes de Hittler eram contra as escrituras). Morreu enforcado, orando a Deus. Quatro dias após sua morte, a 2 ª Guerra acabou.
Texto:
 “Quem sou eu? Este ou aquele?
Sou hoje este e amanhã um outro?
Sou ambos ao mesmo tempo? Diante das pessoas um hipócrita?
E diante de mim mesmo um covarde queixoso e desprezível?
Ou aquilo que há em mim será como um exército derrotado,
Que foge desordenado à vista da vitória já obtida?
Quem sou eu? O solitário perguntar zomba de mim.
Quem quer que eu seja, ó Deus, tu me conheces, sou teu”.
"Quantidades disputam espaço uma com a outra; qualidade, entretanto, se completam" (Dietrich Bonhoeffer)

- Ashbel Green Simonton (1833-1867).

Foi um pastor estadunidense e missionário no Brasil do Presbiterianismo. Fundou no Brasil a Igreja Presbiteriana (protestante de origem calvinista).
Aqui viveu pouco tempo (morreu de febre “biliosa”), mas seu fruto foi grande. Teve fé, esperança, perseverança e muita abdicação.
Retirei algumas frases de um livro que li sobre ele:

“É muito fácil esquecer os pobres em meio aos prazeres”. 
“discípulos enxerguem o sofrimento alheio, tenham compaixão do sofrimento alheio [..]”
“o País é chamado cristão, os habitantes se chamam cristãos, templos dedicados ao culto encontram-se em toda parte [..] e contudo o povo não conhece o evangelho.”

“Deus levantará outra para pôr no meu lugar. Ele fará a sua própria obra com seus próprios instrumentos.” Simonton,1867

- Madre Tereza de Calcutá
Foi uma grande missionária cristã.

Muitas vezes o povo é egocêntrico, ilógico e insensato,
- Perdoe-o assim mesmo.
Se você é gentil, o povo pode acusá-lo de egoísta e interesseiro.
- Seja gentil assim mesmo.
Se você for um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
- Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, o povo pode enganá-lo.
- Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
- Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, o povo pode sentir inveja.
- Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje, o povo pode esquecê-lo amanhã.
- Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
- Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no fim das contas, é entre VOCÊ E DEUS.
- Nunca foi entre você e o povo.


- Zilda Arns Neumann

Ela foi uma médica pediatra e sanitarista, foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa. Além disso ela teve várias outras funções importantes. Ela nasceu em Santa Catarina, formou-se em Medicina, e desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimente e da solidariedade entre as famílias mais pobres (baseando-se na passagem de João 6,1-15/multiplicação dos peixes). Ela teve um grande papel na sociedade, fez da sua vida e de seu trabalho algo diferente, ela teve AÇÃO. Morreu no terremoto no Haiti.
“Amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer”
“Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los”.

- Martin Luther King – Foi grande ativista do movimento dos direitos civis nos EUA.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."  28 de agosto de 1963


“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver”

- Jesus
Há tantas coisas para falar. Ele é o filho de Deus, é o Salvador, é um revolucionário, é um grande exemplo.

E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.
Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.
Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor.
Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.
Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;
Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. Mateus 5

Quantos vivem e vêem suas orações respondidas?  Cada um tem sua causa, seu sonho, seu objetivo. Será que estão todos dentro dos preceitos de Deus? E as pequenas coisas em nossas vidas, estas também fazem a diferença. Pequenos detalhes em conjunto, formam uma grande ação.
Talvez ao olharmos as “grandes causas” pelas quais os outros viveram ou vivam, nós nos intimidamos, mas a nós cabem as pequenas causas. Quem sabe possamos lutar por um mundo mais pacífico ou humano, quiçá amoroso, ou por um mundo menos corrupto. Por nossas famílias, pela redução da fome/da miséria/da falta de união, por mais respeito, mais educação, mais princípios, por menos fala e mais ação, por Cristo.

O que se tira destas histórias é que as pessoas tiveram Perseverança, Fé
União, Amor, Sacrifícios, se importaram, Família, Deus. As pessoas são diferentes, tem seus acertos, seus erros, mas acima de tudo são pessoas que reconheceram a graça de Deus e se permitiram ser “lapidadas por Ele.”

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” Gálatas 5.13

“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” Efésios 4:1


Seja diferente J



quinta-feira, 19 de abril de 2012

Orar

A armadura





Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.  Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,  E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho [...]
Efésios 6:11-19

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O grande ditador


 Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
            Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
            O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.  A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
            Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
            Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
            É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
            Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!
Charlie Chaplin